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FARDOS DE FENO
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Os fardos de feno
se carregam sob
o sol inclemente,
todos os dias
vestem o sal
das dores,
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com a água indômita
prende o criminoso
que não é trigo,
o joio jorra como
um flagrante,
os fardos de feno
abrem os trigais
como campos amarelos
sob ouro áurico
em tons dourados,
o trigo é poema,
o joio, morte.
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Gustavo Bastos
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Ver também:
https://www.facebook.com/mario.silva.3363
https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt/
http://aguasfrias.blogs.sapo.pt
https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/
www.flickr.com/photos/7791788@N04
https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA?view_as=subscriber
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Olho para a cancela, que “guarda” campos de
Águas Frias – Chaves – PORTUGAL e reparo que Não estou …
Não Estou ...
Não estou pensando em nada
E essa coisa central, que é coisa nenhuma,
É-me agradável como o ar da noite,
Fresco em contraste com o verão quente do dia,
Não estou pensando em nada, e que bom!
Pensar em nada
É ter a alma própria e inteira.
Pensar em nada
É viver intimamente
O fluxo e o refluxo da vida...
Não estou pensando em nada.
E como se me tivesse encostado mal.
Uma dor nas costas, ou num lado das costas,
Há um amargo de boca na minha alma:
É que, no fim de contas,
Não estou pensando em nada,
Mas realmente em nada,
Em nada.
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Álvaro de Campos
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A VELHA PORTA ...
hoje lembrei a velha porta
da casa que sempre vi.
toquei-lhe estava fria como morta
mas a abri-la não me atrevi.
escutei o seu ranger
senti que já não havia vida
atrás de si
mas até morrer,
vou lembrar aquela porta fechada.
e a menina das tranças ali sentada.
lembrei dos sonhos esquecidos
ainda moram no meu impetuoso coração
talhados duma tristeza... esmorecidos!
tristeza que me dói na recordação.
recordo o meu refúgio atrás da porta
velha,
lembro sons e reflexos do sol entrando
pela telha.
entravam as estrelas da cor do marfim
eu inventava carícias só para mim.
inventava danças nos caminhos celestes
diante dos meus olhos, anjos com belas vestes.
havia música que ascendia levemente
e eu a escutava com deleite
e sonhava, sonhava docemente
hoje o sonho
submerge quase no esquecimento
e meus olhos embacia.
na quietude da memória está essa
porta, que lembrar me traz alegria.
Natalia Nuno
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Porta Aberta - Janela Fechada
ou
Janela Aberta - Porta Fechada
Descobri que deixar a porta fechada é melhor.
Quando algo quiser entrar, que bata, que insista, isso é prova que o que tem pelo lado de fora vale a pena.
Vou fechar com cadeado, com sete chaves que é para ter certeza de que ninguém irá arrombar, derrubar, me roubar aquilo que eu mais prezo, o meu sentimento.
Mas vou deixar a janela aberta, para que tudo continue claro e evidente na hora das minhas escolhas.
Também preciso de ar, do vento, da brisa que entra pela janela e espanta todos os meus medos, levam todos os meus desassossegos e me deixa em paz com meus erros.
Ver também:
Papoila
"Papaver sonniferum"
Lenda e simbologia
Num dia de junho, Perséfone, a bela filha de Zeus e deusa da Terra, estava colhendo flores num campo, quando foi sequestrada por Plutão, deus do submundo, que queria torná-la sua noiva.
A mãe de Perséfone, chamada Deméter, ao descobrir que sua filha passaria o resto de sua vida no submundo, correu para pedir ajuda a Júpiter, mas ele não fez nada. Deméter, sentindo muita dor e revolta, decidiu não se importar mais com a Terra.
Naquele momento, Júpiter, percebeu a gravidade da situação, pois as criaturas da Terra iriam morrer, então, ele resolveu intervir e conversar com Plutão para convencê-lo a deixar Perséfone retornar à Terra, e passar metade do ano com seus pais e Plutão consentiu.
Cada vez que Perséfone retornava à Terra, as papoilas vermelhas floresciam.
O Significado e a Simbologia da Papoula
Para os antigos gregos, a papoila era o símbolo do esquecimento e do sono.
Na mitologia grega, a papoila estava associada a Hipnos, o deus do sono, pai de Morpheu. Considerado na Mitologia Grega, o deus dos sonhos, Morfeu é representado segurando papoilas na sua mão.
Nix, deusa das Trevas, filha do Caos, em sua representação aparece coroada de papoilas e envolta num grande manto negro e estrelado. De acordo com a Mitologia Grega, ela vive no Tártaro, entre o Sono e a Morte, seus dois filhos.
Os sumérios consideravam a papoila símbolo de Alegria.
A papoila, para os antigos romanos, era símbolo da deusa das plantas, chamada Ceres, cuja imagem é representada segurando estas flores.
Na Idade Média, a papoila era associada ao sacrifício de Jesus, aparecendo em muitos afrescos retratando a Paixão de Cristo.
As papoilas tornaram-se símbolo dos soldados mortos, na Primeira Guerra Mundial, pois, nos mesmos campos que eles morreram, floresceram estas flores.
https://www.greenme.com.br/significados/6804-papoula-lenda-significado-cultivar/
Borboleta – “Euphydryas aurinia”
Classe: Insetos
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Género: Euphydryas
Nome-comum: Fritilária-dos-lameiros
Com uma grande área de distribuição esta espécie encontra-se no Norte de África, Europa e Ásia. Em Portugal ocupa todo o país e é comum. No entanto, é uma espécie em declínio na Europa Central e em Portugal está em regressão no litoral e zonas urbanas com maior pressão humana. Por esta razão é a única espécie de borboletas em Portugal protegida pela “Convenção de Berna” e pela Diretiva Europeia “Espécies e Habitats”.
Esta espécie ocorre em diferentes tipos de habitats, preferindo orlas de campos de madressilva e de pântanos, prados húmidos e abrigados. Também se pode observar em prados de solos calcários, florestas de folhosas e sistemas agro-florestais.
Os adultos voam entre março e junho, reproduzindo-se uma vez por ano. A postura é feita em grandes grupos, em várias camadas, sob as folhas das plantas hospedeiras, madressilvas, Iíngua-de-ovelha e suspiros-roxos. As lagartas são escuras, gregárias e hibernam. As crisálidas são claras com faixas pretas e pontos cor de laranja.
As lagartas jovens vivem em teias comunitárias tecidas entre as folhas das plantas hospedeiras, tornando-se visíveis no final de agosto. No outono as lagartas constroem teias mais resistente e mais perto do solo, onde permanecem durante o inverno. Na primavera, começam a dispersar-se tornando-se solitárias, altura em que procuram lugar para crisalidar. Por ainda ser abundante em Portugal, esta espécie pode ser usada como modelo ecológico para prever consequências de alterações globais e fragmentação do habitat.
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