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Mário Silva - O outro lado ... de Águas Frias

Outras "visões" sobre a aldeia de Águas Frias - Chaves - PORTUGAL

Outras "visões" sobre a aldeia de Águas Frias - Chaves - PORTUGAL

Mário Silva - O outro lado ... de Águas Frias

15
Out20

Uma lagartixa entre flores - Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL

Mário Silva

 

 

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Uma lagartixaHemidactylus mabouia”,

deliciando-se com os raios de sol de outono,

numa parede florida na aldeia transmontana de

Águas Frias – Chaves - PORTUGAL

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DSC05741_ms

 

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A Lagartixa é um barato,
parece um jacaré em miniatura.
Não é galinha, esta criatura,
mas também bota ovo...
Se lhe cortam um pedaço,
ele cresce de novo.
.
A Lagartixa é muito rápida,

parece velocista...
Se nos vê, sai correndo
como um pé de vento,
sem deixar pista.

A Lagartixa alça voo
mesmo sem asas
nas paredes das casas,
se larga e se espicha
a procura do melhor
ponto de vista.

A Lagartixa é meio estranha,
de dia come inseto
e à noite aranha...
Seu cardápio é indigesto.
Prefiro lasanha.



Igor Veiga

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🐊

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🐊

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11
Out20

Cão no "alto do seu castelo" - Águas Frias - Chaves - PORTUGAL

Mário Silva

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Um belo exemplar de canídeo, no alto do “seu castelo”, na aldeia de

Águas Frias – Chaves - PORTUGAL

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DSC05138_ms

CÃO

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Cão passageiro, cão estrito
Cão rasteiro cor de luva amarela,
Apara lápis, fraldiqueiro,
Cão liquefeito, cão estafado
Cão de gravata pendente,
Cão de orelhas engomadas,
de remexido rabo ausente,
Cão ululante, cão coruscante,
Cão magro, tétrico, maldito,
a desfazer-se num ganido,
a refazer-se num latido,
cão disparado: cão aqui,
cão ali, e sempre cão.
Cão marrado, preso a um fio de cheiro,
cão a esburgar o osso
essencial do dia a dia,
cão estouvado de alegria,
cão formal de poesia,
cão-soneto de ão-ão bem martelado,
cão moído de pancada
e condoído do dono,
cão: esfera do sono,
cão de pura invenção,
cão pré fabricado,
cão espelho, cão cinzeiro, cão botija,
cão de olhos que afligem,
cão problema...
Sai depressa, ó cão, deste poema!

.

Alexandre O'Neill

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🐕

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🐕

 

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05
Set20

Cavalinho de crinas loiras

Mário Silva

 

                Cavalinho de crinas loiras

 

À tarde, o cavalinho castanho
está muito cansado:

mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.

O cavalo sacode a crina
loura e comprida

DSC04733_ms

e nas verdes ervas atira
sua loira vida.

Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos

a alegria de sentir livres
seus movimentos.

Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!

Descansa entre as flores, cavalinho castanho,
de crina dourada!

 

Cecilia Meireles - “Ou Isto ou Aquilo”

 

                                                                                                    

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03
Ago20

CAVALO À SOLTA

Mário Silva

 

CAVALO À SOLTA

.

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve
instante da loucura.
.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

DSC08843_ms


Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

.

José Carlos Pereira Ary dos Santos

.

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13
Jun20

    BORBOLETA    "Melanargia lachesis"

Mário Silva

 

 

    BORBOLETA   

Melanargia lachesis

 

Melanargia lachesis habita vários habitats ricos em ervas, quentes e secos, como prados e pastagens pobres em nutrientes, encostas pedregosas, matagais, margens à beira da estrada, bordas de florestas abertas e outros locais a partir do nível do mar até 1800m de altitude.

 

DSC07590_ms

Ciclo de vida:

As borboletas ocorrem entre junho e final de agosto.

As fêmeas deixam os ovos simplesmente caírem.

As lagartas jovens geralmente não se alimentam até o outono.

Elas hibernam e “amadurecem” em maio ou junho.

 

🦋

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🦋        🦋       🦋

 

23
Mai20

A Borboleta e a Flor

Mário Silva

 

 

 

Borboleta "Limenitis reducta"

e a

flor "Ipomoea purpurea",

a Glória da Manhã ou Corda-de-viola

 

 

DSC06853_InPixio_Limenitis reducta em Ipomoea purpurea, a Glória da Manhã, Corda-de-viola

(Foto manipulada)

 

Ver também:

 
 
 
                                        
 
 
 
20
Mai20

O gato -  Vinícius de Moraes

Mário Silva

 

O GATO

de

Vinícius de Moraes

Gato à janela_CutOut

 

Com um lindo salto

Lesto e seguro

O gato passa

Do chão ao muro

Logo mudando

De opinião

Passa de novo

Do muro ao chão

E pega corre

Bem de mansinho

Atrás de um pobre

De um passarinho

Súbito, pára

Como assombrado

Depois dispara

Pula de lado

E quando tudo

Se lhe fatiga

Toma o seu banho

Passando a língua

Pela barriga

 

ver também:

 
 
 
 
 
 
04
Mai20

O Gato branco de Maria

Mário Silva
O Gato branco de Maria
 
Era uma vez uma senhora que se chamava Maria e que vivia com o filho na sua pequena e modesta casa nos arrabaldes da cidade. O marido dedicara toda a sua vida à arte da marcenaria, mas, desde que morrera, a sua carpintaria permanecia encerrada e a alegria como que se desvanecera por aquelas bandas. Apesar do rapaz ter aprendido algumas coisas do ofício com o pai, a verdade é que ele tinha outros planos para a sua vida.
Maria gostava de passar o maior tempo possível com o seu filho e dedicava-se com brio e aprumo às lides da casa. Gostavam de rezar juntos, falar de tudo e mais alguma coisa e passear pelos vales e montanhas da região.
 
Um dia passeavam nas margens de um lago que havia nas cercanias e chamou-lhes a atenção um gatinho que miava em cima de uma árvore.
 

Gato esbranquiçado, atento aos movimentos da máquina fotográfica ...

Era esbranquiçado e com o pelo alongado. Maria ficou logo preocupada e, como lhe pareceu que estava sozinho, com frio e faminto, pediu ao jovem que tentasse ir buscá-lo. Ele não apreciava particularmente os gatos, mas, como os desejos da mãe eram como se fossem ordens, imediatamente trepou à árvore para o apanhar.
 
Depois de o colocar no colo da mãe, o rapaz como que querendo aconselhá-la a não ficar com ele, disse-lhe que os gatos, apesar de serem animais de estimação, continuavam a partilhar todas as características dos felinos selvagens dos quais eram parentes. Referiu que eram fortes, ágeis, com grandes reflexos e sentidos apurados e possuíam instintos de caça, mas tinham uma personalidade muito vincada, independente, teimosa e individualista.
 
Maria sorriu com aquele discurso todo e, enquanto acariciava o gatinho, piscava o olho ao filho e chamava-lhe a atenção para o seu ronronar e para as turrinhas que dava e dizia doce e serenamente que os gatos eram animais muito fofos, amigáveis, afetivos, curiosos, brincalhões e excelentes companheiros.
 
Como o jovem já não via a mãe tão entusiasmada há tanto tempo, riu-se e condescendeu que levassem o gatinho para casa. Afinal, o gato também era uma criação de Deus e tinha a sua graça. Acreditava que nada acontecia por acaso e, como estava a pensar sair de casa para cumprir um sonho e realizar uma missão a que se sentia impelido, achou que o gatinho até poderia ter chegado na hora certa e ser uma boa companhia para a mãe na sua ausência.
 
Rapidamente Maria e o bichano se afeiçoaram e acostumaram um ao outro e nele eram evidentes os famosos dois traços: forte personalidade e muita doçura. Adorava a casa, pulava sobre a cama de Maria para lhe dar os bons dias, brincava muito consigo, dormia aos seus pés enquanto orava, ronronava ao seu redor procurando carinho, esfregava-se nas suas pernas para que o acariciasse e acompanhava-a ao rio para lavar a roupa e ao lago para passear.
 
Paulatinamente, Maria descobriu que podia aprender imenso com o seu gatinho para a sua vida pessoal e para a sua relação com Deus. Percebeu que os gatos eram seres autênticos, sinceros e honestos e jamais escondiam o que eram para agradar às pessoas. Compreendeu que não eram submissos nem influenciáveis pois decidiam o que queriam e escolhiam o que era melhor para eles. Descobriu que eram corajosos, audazes, destemidos, inteligentes, limpos, exigentes, persistentes e que lutavam pelos seus objetivos, jamais desistiam e não perdiam tempo com coisas sem importância. Deu-se conta que eram dóceis, amorosos, leais e davam-se totalmente às pessoas que conquistavam a sua confiança.
 
Maria sempre que ia ao encontro do filho, por onde quer que andasse, ficava cheia de saudades do gato. O jovem também se afeiçoara ao pequeno felino pois sentia que ele fazia bem à mãe. Perguntava-lhe sempre por ele e, quando a visitava, levava-lhe sempre alguma guloseima.
 
O gatinho gostava muito de ficar em casa, mas foi sempre visto a acompanhar Maria por ocasião da morte prematura do filho e era comovente a forma como mimava a dona no seu colo.
 
O pequeno felino branco do lago esteve com Maria até ao fim da sua vida e quando ela partiu, todos se admiravam e emocionavam ao vê-lo permanentemente a olhar para o céu.
 
 
 
 
 
 

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